18 de dezembro de 2009

am haaretz


E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura". (Lucas 2:9-12)

Antigamente, pastores gozavam de um status de “mais favorecido” nas histórias da Bíblia. Grandes heróis da fé – como Abraão, Moisés e David – foram pastores. Um dos salmos mais amados fala de Deus como um pastor (Salmo 23). Quando Jesus nasceu, porém, pastores haviam sofrido vários séculos de relações públicas ruins. Eles eram pobres. Eles viviam ao ar livre. Eles não eram refinados. Eles não eram educados. Pior de tudo, eles cheiraram como ovelhas. O termo técnico usado pelo povo nos dias de Jesus para descrever pastores e outras pessoas menos aceitáveis eram “am haaretz” – significando “povo comum”, ou “pessoas da terra.” Deixe-me assegurá-lo, ser classificado “am haaretz” não era nenhum elogio nos dias de Jesus.

As “pessoas da terra" não eram consideradas boas candidatas para serem religiosas. Elas eram consideradas sujas, rudes e desleixadas. Elas não tinham o tempo para estudar todas as tradições religiosas, e assim não podiam cumprir os padrões legalistas da retidão religiosa. Elas estavam muito ocupadas fazendo trabalho sujo para serem consideradas puras o bastante para serem religiosamente desejáveis. Elas eram pobres demais para ir nas peregrinações religiosas para os lugares sagrados de adoração. Por isso os religiosos nunca as considerariam fiéis a Deus. O último lugar em que se esperaria Deus revelar a sua glória era para um grupo destes marginais.

No entanto, quando Deus chamou os anjos para anunciarem o nascimento de Jesus, Ele os enviou a pastores lá fora no campo, cuidando das suas ovelhas! Pense nisto: pastores sujos e fedorentos acampados ao ar livre, cuidando das suas ovelhas ouviram os louvores de anjos e correram para ver o bebê Jesus recém-nascido.
Muitos hospitais não teriam permitido eles entrarem na sala de espera, muito menos na sala de parto. Mas Deus fez questão de que os pastores se sentissem em casa quando acharam o bebê Jesus. Ele estava deitado num cocho de alimento no lugar onde os animais eram mantidos – um lugar onde qualquer pastor se sentiria em casa.

Assim, bem no meio do nascimento do Filho de Deus, com todos os povos bons orando pela libertação de Deus, com os Romanos ocupados dominando o império e com as pessoas religiosas tentando proteger suas tradições, Deus colocou o Filho dele em numa manjedoura cercada por um grupo de marginais sujos e fedorentos conhecidos como pastores. O cheiro de ovelha e a fumaça das fogueiras dos acampamentos deles ainda permeava as roupas deles quando chegaram para cumprimentar o recém-nascido Rei.

A história dos pastores é a lembrança de Deus de que ninguém pode roubar a graça dele de nós. Não importa onde nós fomos ou como nós cheiramos ou de que outras pessoas nos chamam, há um lugar perto da manjedoura com o bebê Jesus, para cada um de nós.

Pr.Moisés Silva

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